sábado, janeiro 10, 2015
Canção
e o seu primo, o Tobias,
nasceram no rio Sado,
são felizes todos os dias.
Sempre, sempre, sempre a correr,
sempre a saltar do rio para o mar.
Sempre, sempre, sempre a correr,
sempre a saltar do rio para o mar.
É o golfinho Vitória
e o seu primo, o Tobias,
nasceram no rio Sado,
são felizes todos os dias.
terça-feira, fevereiro 25, 2014
sexta-feira, fevereiro 21, 2014
quinta-feira, julho 25, 2013
Vandalismo de Estado - Policiais Infiltrados Começam Violência nos Prote...
quarta-feira, julho 24, 2013
16.01-2012
receber a minha cara amiga e
a querida Xana em minha casa.
Serão com certeza cinco dias alegres.
19.Nov.2011
Quando dizia estar a atravessar o ponto mais baixo no que a casa diz respeito, tinha isso a ver com o facto de não poder com certeza escolher e dizer onde iria dormir na noite seguinte, por vezes, mesmo no próprio dia em que me poria a questão.
Com os meus parcos pertences num lugar, sem acesso ao meu computador, ainda que dispusesse de liberdade para outro usar, o abalo de não dispor de um lugar a que pudesse chamar casa durou uma dezena de dias.
Ao ponto mínimo sucedeu-lhe o ponto máximo. Encontro-me agora no melhor sítio, sem dúvida, de todos em Berlin, desde que cheguei.
31.Oct.2011
mais baixo em termos de casa, passo de
cozinheiro explorado a cozinheiro pessoal.
Bom mesmo seria ter a coragem de
avançar com a ideia de cozinhar
para os outros por um preço justo.
A Europa das Regiões e o Federalismo
Na União Europeia existe uma agenda, um programa, institucionalizados pelos tratados, referente à Política Regional. A esta Política está associada uma estratégia de investimentos, co-financiados p'la União e p'los estados membros, como suporte da Política de Coesão. As assimetrias estruturais próprias de cada região postas a nú quando expostas a um espaço aberto às trocas comerciais, o mercado único, fazem parte do problema. Reconhece-se assim, que o mercado único é gerador de problemas. Sendo um espaço aberto à competição, regulado pela uniformização das regras ainda que não pela das práticas, reconhece-se que uns sairão perdedores para que outros possam sair como vencedores. Não é esse o espírito da competição?
De um orçamento precisa-se.
15. Oct. 2011
A minha não presença é importante apenas para mim.
A leitura que poderei no entanto fazer e que terá importância
é a forma como a souber passar para o futuro.
Na verdade, não espero nada de mais.
Pessoas detidas, aqui e ali, pessoas com sonhos
a acordar para os tempos difíceis em que vivem,
outras, desiludidas, passarão ao lado do acontecimento.
A quem importa este dia então?
Quem são os indignados?
Quem pede uma democracia verdadeira já?
Serão apenas jovens?
Os mais jovens, em todas as revoluções
são os que têm maior dose de sonho no seu coração.
O nível de incerteza é o mesmo, no que diz respeito ao futuro, ao amanhã.
A dificuldade em pensar a longo termo poderá ser uma razão fundamental
para afirmar que não há diferença intergeracional no que diz respeito
ao nível de incerteza com que encaram o futuro.
O nível de esclarecimento acerca da realidade em que vivemos, da realidade que cada um constrói,
o sistema, o poder, a verdade da pseudo-informação são o mais importante.
segunda-feira, novembro 19, 2012
sábado, outubro 06, 2012
"No Taxation Without Representation"
Cada vez mais me convenço de que há pessoas que não sabem interpretar o significado de "Fiscal" dito em Inglês. Confunde-se Orçamento com imposto.
"Fiscal Austerity", significa controlo Orçamental e não tem nada a ver com Fisco, Impostos ou taxas. Claro que uma coisa está relacionada com a outra mas, em Inglês existe também o termo "Taxation", quando se pretende falar de impostos.
Há aquela famosa frase: "no taxation without representation" que levou a uma revolução.
Depois temos de recordar um senhor deputado que três legislaturas atrás, pedia um choque fiscal como terapia para a economia. Falava em revolução nas taxas de impostos, IRS, IRC, etc. Citava estudos em que o termo utilizado era "Fiscal Shock", significando alterações na composição do Orçamento, ou seja, uma modificação estrutural na forma de administrar o país.
A sua cegueira ideológica, lembremo-nos que corriam os anos da cavalgada dos neo-liberais, pela Europa e EUA, que levou entre outras coisas à intervenção no Iraque, dias após a fotografia dos Açores que tanto nos deve envergonhar, como Povo, era igual à sua impreparação linguística.
Era a época da desregulamentação da economia que levou ao Caos financeiro e económico começado em 2008.
Parece que hoje, passados quase oito anos, alguém devia ensinar um pouco mais de Inglês, já para não dizer de Política, a alguns deputados que pretendem jogar na arena dos tubarões. É que quando se sai, por Badajóz, Vilar Formoso, Portela ou Sá Carneiro, da Lusitânia, deixa-se imediatamente de falar Português e adopta-se a Língua dos Tubarões.
Constrangedor foi perceber que o futuro Primeiro Ministro de Portugal estava a ter aulas de Inglês, a poucos dias de tomar posse. Ao menos o outro fez o curso por correspondência e acabou a estudar em França. Ninguém lhe disse que deveria era estudar Alemão.
Agora, não esquecer: Fiscal Shock means Investment and Public Policies that favor growth. Tax Policies means "get away from my money" or " Give me your money, now!
sexta-feira, outubro 05, 2012
terça-feira, julho 10, 2012
Holy Späti
Decorreu entre os dias 15 e 17 de Junho, em Neukölln, Berlim, a última edição do Festival de Artes e Culturas, 48 Stunden Neukölln. Sob o tema, Ultima Paragem: Neukölln, o Festival procurava levantar a questão de qual o impacto da imigração no bairro Berlinense de Rixdorf (Neukölln), ocorrida no longínquo ano de 1737. Terão as várias gerações de imigrantes, encontrado aí o seu paraíso?
As perceções são muito variadas e conducentes a diversas interpretações. Os fotógrafos Hugo Estrela e Lea Julie Mugnain realizaram uma exposição fotográfica com o nome Holy Späti, no Späti International, documentando como, para o proprietário de uma loja de conveniência, Dogan, Neukölln representa a sua Última Estação.
Späti International
Tarefa cumprida e era então tempo para refrescar com uma cerveja. Ainda não tinham recuperado o fôlego e eis que chega ao Späti, “a casa”, um dos filhos de Dogan. Vinha de fato e gravata. Estava supercontente devido ao exame que tinha acabado de realizar, um exame de informática. Era pois motivo para festejar com Sekt. Abriu-se uma garrafa e um brinde ao seu sucesso foi feito. O dia-a-dia do Späti International é assim. Uma mistura entre a vida familiar, a vida do bairro e a dos clientes ocasionais, que entram e saem, em busca de uma bebida, um gelado, tabaco, etc..
Inauguração
Numa segunda divisão composta com mesas e cadeiras, a convidar para um momento mais relaxado, quatro ou cinco pessoas à conversa. À direita, a entrada para a sala onde 67 retratos de 40 por 50 centímetros, expostos nas três paredes, à esquerda, ao fundo e à direita, retratavam aqueles que se dispuseram a ser fotografados dentro de um Spätkauf. Novos e velhos, notívagos em busca de cerveja ou cigarros, clientes usuais em busca daquela compra urgente que salva o dia, detergente para a roupa, cola e snacks, mortalhas…
Dias após dia, nas semanas prévias ao fim de semana do evento, os dois fotógrafos passaram várias horas à espera do próximo cliente que se dispusesse a ser fotografado e a fazer parte de uma exposição. Na cabeça dos autores, a ideia era documentar as rotinas, as pessoas, o bairro em redor do Späti.
Ultima Estação: Weserstrasse.
“Dogan é muito popular. Tem um carácter muito forte. É uma pessoa especial, única.” Esta é a forma de Hugo descrever Dogan. Alguns minutos sentado à porta foram o bastante para verificar uma relação próxima da comunidade. O comentário acerca da nova bicicleta, dirigido a um cliente, o à-vontade com que mantém a espera para pagar, com mais uma brincadeira dirigida a outro cliente sentado à porta, na rua. O fim de estação nos dias de cada um pode bem ser o Späti da rua onde vivemos. A certeza de poder encontrar a última cerveja do dia, o tabaco para o resto da noite, a sobremesa, algo que ajude a acalmar os miúdos. Para todos, Dogan é uma fiável Endstation.
Endstation?
sábado, dezembro 25, 2010
Presenças inesperadas.
No caminho para chegar a casa,
percebi que depressa tinha aprendido a percorre-lo.
Há dois dias que o era, e apenas uma outra vez o tinha percorrido.
Em Berlin faço um caminho para casa diferente pela quarta vez.
Tantas quantos os sítios aos quais já chamei ou ainda chamo casa.
Em comum têm o serem não mais do que um caminho dentro de casa.
É neste momento, assim, a minha casa, toda a cidade.
A vista sobre esta imensa planície,
desde o vigésimo terceiro andar,
é uma parte dos meus dias.
Por sê-lo, faz parte, quando a casa chego,
abeirar-me da janela e espreitar através dela.
É um encanto e consola a alma,
o perfil da cidade, com as suas luzes e formas.
Já tinha visto algumas estrelas no céu desta noite,
outro ponto de interesse que se tinha acrescentado
ao perfil de Berlin.
Muito verdadeiramente mesmo,
eu não estava era à espera disto.
Acima do horizonte,
lutando com as nuvens o seu lugar no meu dia,
levantava-se a Lua, bem tarde, já de madrugada.
Redonda, gorda e tão fraca.
De ambos os lados
entrecortada por um rasgo de nuvem.
Nem mesmo a intensidade do seu reflexo
conseguia negar aos rasgos de nuvem o seu lugar.
Cor de rosa, cor curiosa,
mostrou-me que a meu lado,
capaz de perceber de forma semelhante
um toque de humanidade na imagem daquela Lua,
faltava mesmo a minha cara e enorme amiga Alberta.
A Betinha sabe bem apreciar a natureza
e dela extrair o mais belo.
Sabes Betinha,
dei por mim a responder à pergunta,
vais passar o natal a casa,
com: eu estou em casa.
Por agora, Berlin é a minha casa,
e nela, haverá sempre lugar
para todos os meus amigos.