sexta-feira, março 04, 2011

A Bela Adormecida





Esperando o príncipe encantado

Subiu um monte vizinho

Sozinha, perdeu-se p'lo caminho

Não via o rio a seu lado.


Outrora fora ele envenenado

Foi-se assim embora o golfinho

-Neste rio não faço mais ninho

Voltarei se voltar a ser Sado


Acorda cidade adormecida

Como é bela a vista do monte!

É tempo de sarar essa ferida.

Como o rio, continua a corrida

Não deixes secar essa fonte

A tanto tua beleza convida.

quinta-feira, março 03, 2011

moots - 4 dictionary results

German central banker moots automatic bond moratorium

03 March 2011, 12:29 CET


moots

- 4 dictionary results

adjective
1.
open to discussion or debate; debatable; doubtful: a mootpoint.
2.
of little or no practical value or meaning; purely academic.
3.
Chiefly Law . not actual; theoretical; hypothetical.
–verb (used with object)
4.
to present or introduce (any point, subject, project, etc.) fordiscussion.
5.
to reduce or remove the practical significance of; makepurely theoretical or academic.
6.
Archaic . to argue (a case), especially in a mock court.
–noun
7.
an assembly of the people in early England exercisingpolitical, administrative, and judicial powers.
8.
an argument or discussion, especially of a hypothetical legalcase.
9.
Obsolete . a debate, argument, or discussion.
Origin:
before 900; Middle English mot ( e ) meeting, assembly, Old Englishgemōt; cognate with Old Norse mōt, Dutch gemoet meeting.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Saudade

Philosophy is really homesickness, an urge to be at home everywhere.
Where, then, are we going?
Always to our home.

Novalis, Fragments

sábado, dezembro 25, 2010

Presenças inesperadas.

No caminho para chegar a casa,

percebi que depressa tinha aprendido a percorre-lo.

Há dois dias que o era, e apenas uma outra vez o tinha percorrido.

Em Berlin faço um caminho para casa diferente pela quarta vez.

Tantas quantos os sítios aos quais já chamei ou ainda chamo casa.

Em comum têm o serem não mais do que um caminho dentro de casa.

É neste momento, assim, a minha casa, toda a cidade.

A vista sobre esta imensa planície,

desde o vigésimo terceiro andar,

é uma parte dos meus dias.

Por sê-lo, faz parte, quando a casa chego,

abeirar-me da janela e espreitar através dela.

É um encanto e consola a alma,

o perfil da cidade, com as suas luzes e formas.


Já tinha visto algumas estrelas no céu desta noite,

outro ponto de interesse que se tinha acrescentado

ao perfil de Berlin.


Muito verdadeiramente mesmo,

eu não estava era à espera disto.


Acima do horizonte,

lutando com as nuvens o seu lugar no meu dia,

levantava-se a Lua, bem tarde, já de madrugada.

Redonda, gorda e tão fraca.


De ambos os lados

entrecortada por um rasgo de nuvem.

Nem mesmo a intensidade do seu reflexo

conseguia negar aos rasgos de nuvem o seu lugar.


Cor de rosa, cor curiosa,

mostrou-me que a meu lado,

capaz de perceber de forma semelhante

um toque de humanidade na imagem daquela Lua,

faltava mesmo a minha cara e enorme amiga Alberta.


A Betinha sabe bem apreciar a natureza

e dela extrair o mais belo.


Sabes Betinha,

dei por mim a responder à pergunta,

vais passar o natal a casa,

com: eu estou em casa.

Por agora, Berlin é a minha casa,

e nela, haverá sempre lugar

para todos os meus amigos.