domingo, abril 11, 2004

De A a Z

aviso anuncia altar amigo
bocejo bucólico busca beijos
cuidado campo completa crises
dentro depositado dorme depois
envio espadas engolidas enfim
forte figura fugindo finalmente
gravura gemida gasto galanteio
hipóteses hirtas houve higiénicas
ídolos imortais insensíveis imanam
juízos jamais jaulam jazigos
lamento livros lesados livres
mais motes marcando mulheres
nunca neve nas nínfas
oferta ordenada ou oprimida
pouco passo para poetas
quiosques quebram querelas quebradas
raízes refazem ricos retábulos
rasto ruím rompe ruídos
toscas tonalidades tangem trevas
uns urnam ursos úteis
veio valado vesto véu
xupista xeque xis xula
zamora zinga zero zel

b

barcas bucólicas beijam bicas
lixo lavado lá longe
irídio infestado indo impuro
espias estradas embora eufóricas

De A a Z

antes aguentar altas ajudas
barcas bucólicas beijam bicas
cartazes completos criam costumes
dever ditados direitos degolados
espias estradas embora eufóricas
férias fermentadas ficam ferventes
graves germes gulosos gigantes
haviam homens hortas húmidas
irídio infestado indo impuro
janelas júlias jazigos jotas
lume liberto levado letrado
montes marcados muito mugidos
nata nervosa nobre nada
oferecer olímpicos olhos ossados
pouco pó positivo pesado
qual quadro quando quinina
raio rotulado rumo recibo
sonda semelhante semente suada
trinca tijolos tapados talvez
único ufo untado uivo
verte vozes voláteis vazios
xuto xerifico xeno xale
zaranza zéfiro zonzo zombar

a

alívio alterado ameno acorde
imagem ideal igualdade invertida
mitos materiais merecem mira
será sempre sem sorte

De A a Z

alívio alterado ameno acorde
brumas bem baralhadas baixam
colagem cobre curta cabeça
dúvida despida de dôr
etapa estúpida entre espaço
farejo fria folha fonesta
gravado golpe gerido gurdamos
há homenagens hoje humanas
imagem ideal igualdade invertida
jorna jogada já jejuada
lixo lavado lá longe
mitos materiais merecem mira nebelina negra numa nuvem
ouvir oníricas odes ôcas
poder parar pêla palavra
queiram queimar questões queridas
razões ruivas recebem ritmo
será sempre sem sorte
tudo tem tempo tapado uma última uva usada
víl vale vizinho voado wales will watch wars
xadrês xipado xuxu xopa
zona zera zoo zen

Tanto...Nada

Tanto para dizer e no entanto...nada!?
Tanto para fazer e por enquanto...nada!?
Nada para ler mas entretanto...tanto!?

De tudo o que há por dizer, do quanto por fazer e entre as sílabas por ler,
Nada que eu diga ou faça será no,
por,
ou entre,
Tanto.

segunda-feira, março 22, 2004

UM VELHO

parecia pousar no perfíl
mesmo na beira do sinal
com os olhos vazios
cheio de fome.cheio de nada.

era um só
sábio traste sem vaidade parece que apenas queria
companhia para verter voláteis vozes vazias.


pouco sabereis do nada que sabia
não deixou gosto amargo
tão pouco trama guardada
quem sabe se um dia
ao percorrer zéfiro no largo
descubra o vazio deixado.

ESPERANÇA INGÉNUA

fúria cresce desespera intestinal solidão guardada floresce poderia perpetuar esperança ingénua volátil desejo altruísta



rumos por aqui começo
desnorte por aqui avanço
palavras frias
sentidos certos
poderemos sem certeza continuar por este caminho que nos leva até ao último fôlego trajando corpos sôfregos desiguais.
corpos fartos da sua utilidade.
manta que aquece a alma
sem referências ao divino
continua a servir de retábulo para memórias que teimam em não te deixar
processo ferido de morte
derrama o teu interior
nas correntes que com o tempo te levarão para o mais que certo lugar
cremado e não esquecido
poderias pelo menos agora deixar as feridas sarar.
verdade sem oposto
coisa difícil de encontrar
se desse poço eu bebesse
o coração rebatesse
tudo tomaria o devido lugar.
foi duvidoso este comêço
pior será não o tomar.
tal é a vontade de saber
nem sem por onde começar.

REFÚGIO

refúgio: Zona livre de barreiras no horizonte.
Aqui a contemplação está ao dispor e dispõe,
nada de elos de corrente, nós ou âncora.
Apenas um imenso horizonte.
O mar que nos liberta.

domingo, março 21, 2004

segue dentro de momentos