segunda-feira, março 22, 2004

ESPERANÇA INGÉNUA

fúria cresce desespera intestinal solidão guardada floresce poderia perpetuar esperança ingénua volátil desejo altruísta



rumos por aqui começo
desnorte por aqui avanço
palavras frias
sentidos certos
poderemos sem certeza continuar por este caminho que nos leva até ao último fôlego trajando corpos sôfregos desiguais.
corpos fartos da sua utilidade.
manta que aquece a alma
sem referências ao divino
continua a servir de retábulo para memórias que teimam em não te deixar
processo ferido de morte
derrama o teu interior
nas correntes que com o tempo te levarão para o mais que certo lugar
cremado e não esquecido
poderias pelo menos agora deixar as feridas sarar.
verdade sem oposto
coisa difícil de encontrar
se desse poço eu bebesse
o coração rebatesse
tudo tomaria o devido lugar.
foi duvidoso este comêço
pior será não o tomar.
tal é a vontade de saber
nem sem por onde começar.

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