Solidão é acreditar num sol que só a mim pertence.
Mesmo que não retire o sol a ninguém.
É não querer acordar, para não não te ver também.
Por não ter com quem festejar, preferir quem nunca vence.
É servir à noite para jantar, dois pratos, dois copos, vazios.
Para não ter a quem perguntar se viu o que mais ninguém viu.
Usar barba por não se lembrar, do beijo num rosto macio.
É ser pepita de sal numa lágrima, chorada na nascente dos rios.
Não casar, não ter filhos, ser velho aos quarenta,
Não amar nunca mais para não sentir o coração.
Assim querer continuar, pelo menos até aos noventa.
Percorrer mundo com semente na palma da mão,
Em busca da terra que melhor a alimenta.
Para poder viver mais tempo em solidão.
domingo, maio 06, 2007
quarta-feira, maio 02, 2007
Poema em Construção
Tal como as nuvens
pairavam suspensos por fios imaginários
Infinitamente paralelos
apenas de perto perceptíveis
Pontos e traços
de uma mensagem eterna
decifrável usando um segredo
conhecido por quem partilha sentimentos ainda eternos
Vagueavam num carrossel ondulante
os pontos e os traços
da cifra do amor
Na terra deitado a lua admirava
Tinha-a por companheira num porto de mar
Pontos e traços em segredo desenhavam
no breu do firmamento
esquissos do teu beijar
pairavam suspensos por fios imaginários
Infinitamente paralelos
apenas de perto perceptíveis
Pontos e traços
de uma mensagem eterna
decifrável usando um segredo
conhecido por quem partilha sentimentos ainda eternos
Vagueavam num carrossel ondulante
os pontos e os traços
da cifra do amor
Na terra deitado a lua admirava
Tinha-a por companheira num porto de mar
Pontos e traços em segredo desenhavam
no breu do firmamento
esquissos do teu beijar
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