Turvo.
Pesado.
Arrastado.
Pendurado pelos suspensórios no ponteiro das horas.
Ainda se fosse no dos segundos!
Nem alucinante viagem nem pausada alegria.
Avanço, por sentir alvescer o pêlo, sei-o.
Cruel tortura. - A hora que não passa!
- Já de nada serve lamentar o avanço, sei-o.
Não servirei para estudo de historiador,
seria uma tarefa monótona, vazia.
A carcaça a ninguém servirá.
Nem abutres em repasto a quererão.
Na marquesa também não me encontrarão.
Vivo sou um peso e depois disso um peso.
Não quero sair deste ano em que completo 35
sem me erguer mais uma vez.
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