Acabou mais uma vez.
No final apenas um um longo silêncio.
Esta Rocha dura e fria em que me transformei apenas grita o mudo adeus.
Por sabê-la tão perto, temo falar demasiado.
A proximidade amordaçante não permite que diga em voz alta que acabou.
Está tudo redito.
Da caneta não pingam palavras como era costume.
O meu silêncio secou a pena de escriba.
Será uma simples recusa solidária ou falta de tinta?
Se de falta se trata, maior será o meu problema.
Onde vou agora encontrar, à venda, a tinta do amor?
Procuro pacificar a alma escrevendo. Não consigo.
-Silêncio!
-??!
-A vossa vida atribulada perturba o meu silêncio.
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