quinta-feira, maio 02, 2013

...que sem pernas viva.


No site do Governo lê-se, numa pequena caixa assinalada com o título "sabia que",

"...cerca de 75% dos trabalhadores do Estado trabalham nas áreas da Educação, Saúde e Segurança?

(Fonte: DGAEP/OBSEP – SIOE; Caracterização do emprego público por ministério; Dados referentes a 30/06/2011

Falta uma onde se possa ler que apenas 31% do Orçamento de Estado é destinado a essas áreas. Quanto daí vai para salários de funcionários é-me por agora desconhecido. A minha pergunta é o porquê de se destacar estas três funções nobres em qualquer sociedade.

Se o Governo não for parado agora, virá a discussão sobre as funções do estado e a ladainha dos cortes permanentes. Dizia um funesto achador-mor com tiques de comentador económico que já não chega ir às gorduras nem mesmo à carne. É já necessário ir ao osso e mesmo até ao tutano. Coisa estranha de se dizer e de pensar. É de um sadismo mor mas enfim. Esse tutano, coisa tenrinha e suculenta quando comida do osso da vaca pode cheirar a pitéu para alguns. Parece-me no entanto que não se pára para pensar que esse tutano é de pessoas e que a isso se chama canibalismo.

Para protecção social disponibiliza o Governo 35% do dinheiro do Estado. Daqui, encaminha 6o% para uma categoria que designam por Velhice.

Para assuntos designados por económicos destina 10%.

Por cada euro que o Governo destina a assuntos económicos, dois vão para velhinhos e três vão para polícias e afins, professores e afins, médicos e afins.

É sempre bom dar um nome, ainda que o social, a alguns que vão sentir umas dentadas valentes.

Aos velhos já poucos lhes valem nem por vezes a própria família. Os polícias e afins, coitados, já se suicidam por desespero. Quanto aos nossos médicos e professores, desejo-lhes tudo de bom e que sejam sempre os melhores profissionais possível. Cortar em qualquer uma destas categorias sociais é cortar-nos as pernas a todos, por muitos e bons anos. Nunca ouvi falar de um povo que sem pernas...
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