Pontos de partida: sentido crítico; pessimismo; utopia.
Zizek descreve o quadro filosófico-político actual como um lugar sem lugar para a esquerda. Apresenta como essencial o surgimento de uma esquerda radical. Quer isto significar que a esquerda desapareceu. Perdeu o seu lugar no debate e na forma de fazer agenda. Ao invés, é a direita radical e populista que marca lugar ao lado de um bloco extremamente alargado que vai do centro esquerda ao centro direita. Os tradicionais partidos de governo europeus, dos sociais democratas aos conservadores de base social mais ou menos marcada pala doutrina social cristã.
Como o debate se faz entre estes dois blocos ideológicos, é natural que a agenda não inclua nunca no debate as propostas de uma esquerda que saiu de cena.
Exige-se portanto um sentido crítico que obviamente emana da esquerda, o único lugar de onde pode provir. Uma outra possibilidade a considerar ainda é o papel dos partidos ecologistas. Eu ainda consigo ver o aparecimento, desde os últimos sete, oito anos, de novos movimentos que, embora de pequena dimensão e com expressão eleitoral diminuta, podem prefigurar os futuros partidos a nível europeu.
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