Ainda não li o livro do momento. Como é um manifesto pela indignação ética e pela insurreição pacífica será merecedor da minha maior atenção. A ver se aprendo alguma coisa para preencher o vazio de valores com que me coso. Sempre encontrei uma motivação maior fora de mim. Essa motivação é muitas vezes ancorada nos exemplos de vida que me são dados pelos encontros com pessoas com passado. A sua luta, a sua história de vida, a sua permanência no apego a valores serve-me para aprender todos os dias. São inúmeros os exemplos de pessoas vivas e já sem vida que me inspiram. Nelson Mandela, Mário Soares, Jean Monnet, Robert Shumann, a minha avó Carmen, Paul Krugman, Voltaire, Bob Hunter, Peter Benenson. Figuras que não desaparecem e que fazem parte do meu Panteão Pessoal.
Tantos haverá para apontar que se inserem entre os ilustres atrás referidos que para arquiteto do meu templo, só mesmo alguém que saiba o valor da memória. O principal valor da educação é o de ampliar a nossa memória para o passado. Para lá da nossa própria vida. A partilha, com os outros, das nossas memórias também ajuda nessa tarefa de ampliação. Passamos a compartilhar memórias e a cruzar vivências. Cruzamos referências e limamos as arestas aos valores com que nos cosemos. O maior ou menor grau de concordância entre todos obriga-nos ao exercício responsável e aberto ao outro da nossa praxis. Ainda que seja pelo máximo divisor comum, o que conseguimos, em cada momento de partilha, é algo inteiro e por isso pleno de futuro.
«A minha longa vida deu-me uma série de motivos para me indignar».
Quem escreve é Stéphane Hessel, 93 anos, herói da Resistência francesa, sobrevivente dos campos de concentração nazis e um dos redactores da Declaração Universal dos Direitos Humanos. É com a autoridade moral de um resistente inconformado e de um lutador visionário que Stéphane Hessel nos alerta, neste breve manifesto, para o facto de existirem hoje tantos e tão sérios motivos para a indignação como no tempo em que o nacionalsocialismo ameaçava o mundo livre. Se procurarmos, certamente encontraremos razões para a indignação: o fosso crescente entre muito pobres e muito ricos, o estado do planeta, o desrespeito pelos emigrantes e pelos direitos humanos, a ditadura intolerável dos mercados financeiros, a injustiça social, entre tantos outros. Aceitemos o desafio de Stéphane Hessel, procurando neste livro e no mundo que nos rodeia os motivos para a insurreição pacífica, pois "cabe-nos a todos em conjunto zelar para que a nossa sociedade se mantenha uma sociedade da qual nos orgulhemos."
Quem escreve é Stéphane Hessel, 93 anos, herói da Resistência francesa, sobrevivente dos campos de concentração nazis e um dos redactores da Declaração Universal dos Direitos Humanos. É com a autoridade moral de um resistente inconformado e de um lutador visionário que Stéphane Hessel nos alerta, neste breve manifesto, para o facto de existirem hoje tantos e tão sérios motivos para a indignação como no tempo em que o nacionalsocialismo ameaçava o mundo livre. Se procurarmos, certamente encontraremos razões para a indignação: o fosso crescente entre muito pobres e muito ricos, o estado do planeta, o desrespeito pelos emigrantes e pelos direitos humanos, a ditadura intolerável dos mercados financeiros, a injustiça social, entre tantos outros. Aceitemos o desafio de Stéphane Hessel, procurando neste livro e no mundo que nos rodeia os motivos para a insurreição pacífica, pois "cabe-nos a todos em conjunto zelar para que a nossa sociedade se mantenha uma sociedade da qual nos orgulhemos."
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